Os
pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano, publicaram comentários a respeito do
resultado final das eleições municipais em 2012.
Silas Malafaia afirmou que
parte da mídia tem por objetivo retirar a voz de líderes evangélicos em relação
às eleições, enquanto Marco Feliciano observou a necessidade de união dessas
lideranças.
Em São
Paulo, o candidato petista Fernando Haddad venceu as eleições, derrotando o
candidato tucano José Serra, que era apoiado pelo pastor da Assembleia de Deus
Vitória em Cristo. Silas Malafaia, durante a campanha pelo segundo turno,
chegou a afirmar que iria “arrebentar Haddad”.
Dias
antes da votação em primeiro turno, o instituto Datafolha publicou uma pesquisa
em que a maioria dos eleitores rejeitavam a ideia de votar em
candidatos apoiados por pastores ou demais lideranças religiosas.
“O povo
evangélico no Brasil não se impressione porque em São Paulo foi eleito um
candidato a prefeito, o Sr. Fernando Haddad, sendo tremendamente bombardeado
principalmente por mim, por suas posturas que vão contra nossos princípios,
porque o número de prefeitos eleitos neste país, decididamente com os votos
evangélicos, desculpe-me a expressão popular: “arrebentou a boca do balão”.
Fora isto, foram eleitos milhares de vereadores evangélicos, dezenas e dezenas
de prefeitos evangélicos, sem contar o número gigante de candidatos evangélicos
a vice-prefeito, foi um verdadeiro show! Vamos ver se a imprensa vai fazer um levantamento
para confirmar o que estou falando”.
No artigo de Malafaia
publicado em seu site, o pastor afirma que “depois desta eleição [...] muitos
líderes evangélicos vão ter cuidado ao manifestar sua opinião sobre questões
políticas, não envolvendo o nome da igreja e sim suas convicções”.
Em seu
balanço, o pastor Malafaia, que vem sendo destacado por diversas publicações
como líder influente, mencionou o placar de seu envolvimento nas eleições: “18
venceram e 7 foram derrotados”, disse, referindo-se aos candidatos a prefeito
apoiados por ele.
“Não
encaro eleição como um jogo de futebol, que alguém ganha ou perde, encaro sim
como uma oportunidade de manifestar os princípios, crenças e valores que temos
para fazer a diferença na sociedade. Por isso, a maior prova de que esta minha
posição é correta, que mesmo eu apoiando candidatos que perdem a eleição, sou o
líder evangélico mais requisitado e mais questionado pela imprensa. Tributo
isto a Deus, mas é uma pergunta que eu faço para os que criticam a minha
atuação: onde estão os líderes que apoiaram quem venceu? Qual é o jornal que os
citam? São chamados para dar entrevista aonde? São questionados por seus
princípios quando?”.
Através
do Twitter, Marco Feliciano, que é deputado federal (PSC-SP) bateu na tecla da
necessidade de haver uma coordenação estratégica entre os evangélicos, para que
os objetivos sejam os mesmos: “Enquanto uns forem de Pedro outros de Paulo e
alguns de Apólo seremos sempre facilmente vencidos. Precisamos de foco,
engajamento e direção! Se líderes cristãos tivessem a humildade de juntos
discutir o Brasil de amanhã deixando as diferenças de lado, fariam história!”,
idealizou o pastor que cogitou a possibilidade de envolver lideranças católicas
nessas estratégias: “Imaginem juntos os principais lideres evangélicos, os
televangelistas, a CNBB, criando uma estratégia para implantar o governo do
Justo”.
Malafaia
repetiu o discurso de Feliciano em relação à necessidade de posicionamento:
“Povo de Deus, vamos abrir os olhos, não vamos ser medíocres. Estamos aqui
nesta terra para fazer a diferença em todos os níveis e setores da sociedade.
Não vou me calar! Sempre me posicionarei! Nunca me calei diante dos desafios
daqueles que querem nos calar ou minar a nossa fé. Pela graça e bondade de
Deus, tenho enfrentado toda essa gente, sendo muitas vezes ameaçado, caluniado,
difamado, processado, mas eles não vão me calar”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+