06.02.2013
Os recursos serão para assistência,
controle vetorial, vigilância epidemiológica e comunicação
Em 2013, será destinado o valor de R$ 14,7 milhões para o controle e prevenção
de uma possível epidemia de dengue na Capital. Segundo a responsável pela
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Maria do Perpétuo Socorro Martins, o
recurso vem acrescido em 20% em relação a 2012.
O último levantamento de infestação predial,
realizado em janeiro, indicou índice de 1,24%, colocando a Capital em estado de
alerta para a doença Foto: Alex Costa
Dentre as atividades previstas no Plano de Contingência para Prevenção e
Controle de Epidemias de Dengue em 2013, apresentado ontem, no Paço Municipal,
está a ação de vigilância e controle do vetor, feita por 1.338 profissionais de
saúde. O último levantamento de infestação predial, feito em janeiro, apontava
um índice de 1,24%, ou seja, o município está em estado de alerta para a
doença, segundo os critérios do Ministério da Saúde.
Até o momento, o mapeamento da dengue aponta os bairros de Parangaba e José
Walter com o maior número de pessoas atingidas pela endemia. Porém, o gerente
da Célula de Vigilância Sanitária e Ambiental do Município, Nélio Batista de
Morais, diz que muitos destes casos podem ser de bairros vizinhos, devido à
dificuldade das pessoas em identificarem a sua origem.
Até o último dia 31, a Capital possuía 16 casos confirmados de dengue. Destes,
a maior parte pertencia à Secretaria Executiva Regional III - sete casos
confirmados. A previsão de um dos membros da vigilância epidemiológica da SMS,
Antônio Lima, é que haja uma transmissão de baixa a moderada da doença.
"Trabalhamos com a situação prevista para a dengue 4 e, por isso, há a
crença que a transmissão poderá ser de baixa a moderada, devido à parte da
população já estar imune a este sorotipo", avalia.
Os recursos para o plano são oriundos do governo federal, por meio do Ministério
da Saúde, que arcou com R$ 12 milhões. Já a Prefeitura fica responsável por R$
2 milhões.
Do montante, R$ 6,31 milhões devem ser investidos na assistência primária e R$
3,79 milhões na assistência secundária. A Prefeitura pretende gastar também R$
3,7 milhões em controle vetorial e mais R$ 88,5 mil em vigilância
epidemiológica. Já R$ 839 mil serão destinados à comunicação e mobilização.
De acordo com a titular da SMS, todos os dez hospitais secundários e a rede de
atenção primária, composta por 92 postos de saúde, já fizeram seu plano de ação
para a doença.
Agentes
Do contingente de 1.338 profissionais de saúde, 830 são agentes de endemias, os
que fazem a visita domiciliar. No entanto, um dos desafios da gestão para
reforçar este efetivo, citado pela coordenadora do Núcleo de Endemias, Socorro
Furtado, é fazer o levantamento da situação de saúde destes profissionais.
Pois, de acordo com a coordenadora, muitos destes encontram-se afastados por
motivos de saúde.
Fora esta questão, ela também apontou, dentre as dificuldades para o controle
da endemia, a visita aos 1,087 milhões de imóveis da Capital. "Muitos
destes, acho que algo em torno de 8%, estão fechados, o que não significa
abandonados, mas o agente não consegue entrar", revela Socorro.
Preocupação
16 casos de dengue foram confirmados em Fortaleza até o último dia 31. Destes a
maior parte (sete) pertencia à Secretaria Executiva Regional III
THAYS LAVOR
REPÓRTER
"Opinião particular"
Nossa cidade vive hoje uma situação não muito diferente desta vivida em nossa capital. O efetivo contingente local está desfalcado, os profissionais que estão na ativa, no campo de batalha, estão todos sucateados, precisando urgentemente de atenção especial, um investimento justo na recuperação da saúde dos mesmos, além da não exploração somente do material humano como vem sendo feito ao longo do tempo. É necessário que alguém acorde para essa triste realidade vivida por nós que fazemos um brilhante trabalho em prol da saúde de uma população também ingrata, (não todos) que não nos ajuda em nada a não ser dificultar o nosso trabalho muitas vezes até recusando a nossa visita.
Acorda meu povo!